segunda-feira, 19 de março de 2012

PEIDOS E PARÓDIAS





                

Procurei em alguns sites notícias a respeito da Sátira A MANHA É SER, de Franklin Pires sobre a Saga AMANHECER. Nada se falava de Condenso (ou denso). Até mesmo Críticos teatrais que desperdiçaram seu tempo em achar “defeitos” em Córpusculo, não o encontraram em A MANHA É SER. Já diria um clássico de Sílvio Santos: ISTO É INCRÍVEL. Com certeza a experiência mais próxima de uma sessão de tortura que alguém pode sofrer frente a um palco de Teatro, esta encenação aposta na escatologia para tentar fazer seu público rir, falhando de maneira inenarrável. Não entendo como pessoas MAIS inteligentes QUE eu não ENXERGARAM isto! O que torna uma peça inassistível? Um roteiro ruim, uma direção sem rumo e péssimas atuações? Ora, a soma desses fatores pode resultar em um clássico trash (vide “The Room”, de Tommy Wiseau), mas não em uma obra impossível de se aguentar. No caso específico do gênero de comédia, o que qualificaria um espetáculo como insuportável seria a inabilidade desta em fazer rir. Esse é o caso de “A manha é ser”, (tentativa de) paródia da franquia “Crepúsculo”.

Basicamente, o roteiro se limita a repetir a premissa básica de “Córpusculo”, acrescentando peidos e piadas sem graça ao longo das cenas. E só. Parece mais aquele menino patético gritando por atenção achando que basta falar alguns palavrões e peidar para ser engraçado. O humor não faz sentido e nem as situações apresentadas. Absolutamente do nada, temos uma invasão de versões de personagens provavelmente motivadas por alguma angústia sexual mal-resolvida de alguns atores. O elenco é homogeneamente horrível, com o pior dos piores sendo Franklin Pires, que interpreta Edward. Perto dele, Robert Pattinson é Marlon Brando. A maior decepção, no entanto, é a participação de Bid Lima, também fazendo piadas com peidos. Custa-me a acreditar na cultura de um Estado em que a sua REPRESENTANTE OFICIAL se sujeita a certas atuações.

O humor involuntário presente nos filmes “Crepúsculo” o torna uma experiência bem mais engraçada do que acompanhar este triste desperdício de “gelatinas”, cuja apresentação deve ser a coisa mais próxima de uma tortura que já aconteceu em uma sala de espetáculos, devendo todos aqueles que trabalharam em sua feitura, produção e distribuição se envergonharem profundamente de terem alguma coisa a ver com esta peça. Se é que podemos chamá-la assim.

Mas, após profunda reflexão, percebe-se que “A Manha é ser” pode servir para alguma coisa. Vá ao Teatro, convide os amigos, compre uma garrafa de tequila tome uma dose a cada peido que algum personagem soltar na peça. Vocês se divertirão e provavelmente esquecerão o “espetáculo” após entrarem em coma alcoólico.



P.S.: É PROIBIDA A ENTRADA DE BEBIDAS E ALIMENTOS PARA O INTERIOR DO TEATRO.

Um comentário:

  1. Eu bem que tentei assistir uma dessas paródias... mas não deu. Ñ suportei nem dez minutos desse besteirol! É um insulto à minha inteligência.

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